terça-feira, 19 de junho de 2007

Oscar Niemeyer: O centenário de um gênio

Foto: Ana Rita Fernandes
Arquiteto brasileiro, formado em 1935 na Universidade do Brasil, o carioca Oscar Niemeyer tem um imenso acervo da sua arquitetura que leva imprimido o seu traço, mundialmente considerado único. Niemeyer revelou uma originalidade e imaginação inigualável que lhe consagraram líder da arquitetura moderna. Suas obras estão edificadas em várias partes do Brasil e do mundo.

A Igreja São Francisco de Assis, conhecida como “igrejinha da Pampulha” (foto acima), o Museu de Arte, a Casa do Baile e o Iate Clube integram o Conjunto Arquitetônico da Pampulha que lhe foi conferido pelo então prefeito da Capital mineira em 1940, Juscelino Kubitschek. Edifícios estes que foram concluídos em 1943.

Na Praça da Liberdade, também em Belo Horizonte, o arquiteto imprimiu seu desenho na Biblioteca Pública Luiz de Bessa e, em 1954, no residencial Edifício Niemeyer.
O prédio de 11 andares com dois apartamentos em cada dá a impressão, na sua fachada externa, de ser bem mais alto. Isso é o resultado de três brises – recortes – colocados em todos os andares. Sua forma é, ao mesmo tempo, de uma incrível simplicidade e belíssima ousadia.

Nascido no Rio de Janeiro, em 15 de dezembro de 1907, Oscar Niemeyer completa o seu centenário neste 2007. São cem anos de uma personalidade ilustre, o patrimônio brasileiro da arquitetura moderna mundial, o maior arquiteto de todos os tempos; o genial Oscar Niemeyer.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Desospitalização – Loucura não é crime!

Aceitação, cuidados e acolhimento são remédio para transtorno mental


foto: Ana Rita Fernandes
Desde os anos 70, a sociedade brasileira começou a questionar o tratamento dispensado aos pacientes com problemas mentais. Detectaram-se os horrores a que esses pacientes eram submetidos nos manicômios, além da chamada “indústria da loucura”, na qual esses manicômios visavam apenas lucro.

As situações calamitosas dessas instituições foram parar na mídia. Daí, a luta antimanicomial começou a se fortalecer. O principal objetivo dessa causa é conscientizar a sociedade para que os portadores de sofrimento mental sejam cada vez mais acolhidos, cuidados e tratados como sujeitos de direito de estar no convívio social e ainda receberem atenção especial para serem reinseridos na sociedade.

Uma das metas já alcançada pela causa foi a sensibilização do estado e do governo em implantarem sistemas substitutivos em postos de saúde pública. “O principal objetivo da coordenação estadual é amparar e oferecer atendimento digno aos portadores de transtornos mentais, por meio de uma rede assistencial substitutiva dos hospitais psiquiátricos e possibilitar o tratamento das pessoas com algum problema mental sem, no entanto, segregá-las da sociedade”, disse o psicólogo Marcone Alexandre da Silva (foto), técnico da Coordenação de Saúde Mental da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES).
Um deles é o Centro de Atenção Psicossocial (CAPs), que constitui uma das principais estratégias do processo de reforma psiquiátrica, mostrando-se efetivo na troca do modelo hospitalar. Os CAPs são unidades destinadas a acolher e a cuidar dos portadores de transtornos mentais e têm como prioridade a busca da integração dessas pessoas na cidade. Sendo assim, o paciente apenas freqüenta tais locais, sem, contudo, ser privado do convívio familiar. Em Minas, há hoje 109 CAPs.

Outra importante assistência oferecida é o Serviço Residencial Terapêutico (SRT). Trata-se de casas localizadas no espaço urbano, constituídas para responder às necessidades de moradia de pessoas portadoras de transtornos mentais graves, que não possuem vínculos familiares ou suporte social. Tais locais abrigam, no máximo, oito pessoas, que são assistidos por profissionais do CAP e ainda por equipes de saúde mental da atenção básica. Em todo o Estado, existem, atualmente, 46 SRTs e 240 equipes de Saúde Mental.

Por meio do Programa Nacional de Avaliação do Sistema Hospitalar (PNASH – Psiquiatria), após vistoria e avaliação em 26 hospitais psiquiátricos de Minas Gerais, em 2002, cinco foram descredenciados do SUS, incluindo as Clínicas Pinel e Psicominas de Belo Horizonte.
Além das várias ações pela luta antimanicomial, vigora também, dentre as políticas de Saúde Pública, a desospitalização progressiva que tem permitido a redução do número de leitos psiquiátricos.

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quinta-feira, 14 de junho de 2007

Esporte é competir com qualidade e saúde


Ricardo de Carvalho:
dia-a-dia na preparação
física dos atletas

Ana Rita Fernandes

A preparação física é um fator determinante para todo atleta de qualquer esporte profissional, pois sem um físico ideal ele não consegue jogar ou atuar. Desenvolvida especificamente para cada modalidade de esporte, o maior desafio dessa atividade é a interação de todos os profissionais da comissão técnica, compartilhando a mesma ótica para alcançar o objetivo único: a melhoria do desempenho do atleta.

Integrante das comissões técnicas de todas as modalidades de esporte profissionais do Minas Tênis Clube, o fisioterapeuta Ricardo de Carvalho Pereira, explicou que, para o condicionamento físico ideal de um atleta, é preciso cuidar da preparação física como forma de prevenção. Isso acarreta alimentação balanceada, exercícios e principalmente treinamentos, além da recuperação de lesões às quais eles estão sempre expostos.

No caso do basquete, por exemplo, o jogador salta, acelera e desacelera constantemente, e a questão do alvo, exige um desempenho de precisão. A preparação física tem que dar força e resistência ao atleta. Ele tem que ter condição de chegar ao final da partida, que é o momento decisivo, sem fadiga.

O fisioterapeuta esclareceu que, tanto no basquete quanto no vôlei, as equipes treinam uma média de cinco a seis horas por dia. Geralmente, após o último treino antes de um jogo, o esportista pratica natação com a finalidade de relaxar a musculação. Porém, pelo fato de a água gerar uma sedação muscular muito significativa, até mesmo essa atividade tem que ser muito bem dosada, para evitar a lerdeza dos músculos. "Tudo deve ser ministrado em dose e hora apropriadas para a valência física e a especificidade dos movimentos" frisou Ricardo de Carvalho.

Os exercícios praticados para potencializar a capacidade do jogador de qualquer esporte são direcionados, principalmente para os músculos que mais trabalham durante um jogo. "No basquete, são priorizadas as pernas – panturrilha – e coxas, muito exigidas na corrida e saltos. Também os joelhos que sofrem grande impacto em movimentos de pivô, no drible com o adversário e ao invadir o garrafão. E ainda o braço usado no arremeço, além da estabilização da coluna, movimentos peitoral e abdominal", disse o fisioterapeuta.

Para os esportes como vôlei, basquete e outros diferentes do esporte aquático, a natação é uma grande aliada na função de tratar lesões do desportista. "A recuperação de um atleta lesionado tem a mesma importância da sua preparação física. Para isso usamos todos os recursos disponíveis, inclusive muitas atividades na piscina como a natação, caminhada e exercícios de revigoração da força muscular", acrescentou o profissional de fisioterapia, que divide seu tempo com as equipes do Minas Tênis Clube e , há 11 anos, prepara a seleção brasileira feminina de vôlei da categoria de base que integra atletas até os 19 anos.

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